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19.01.2019 - 08:34

Após dois anos do crime, Perícia Oficial contribui para levar à Justiça investigado por assassinato

Núcleo Especializado de Balística Forense, do ICHM, realizou exames de balística para auxiliar apuração de homicídio de trabalhador rural
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Após dois anos do crime, Perícia Oficial contribui para levar à Justiça investigado por assassinato

A Perícia Oficial de Mato Grosso do Sul foi determinante para ajudar a concluir investigação de um homicídio cometido na zona rural de Ponta Porã. O crime aconteceu em outubro de 2016 e desde então o suspeito não tinha sido capturado. 

Houve investigações da Polícia Civil na época, mas não foi possível prender ninguém.

Passados mais de dois anos, uma nova denúncia permitiu que policiais civis apreendessem uma arma na casa de um antigo suspeito, que era considerado amigo da vítima, o trabalhador rural Paulo Aguirre Benites, que morreu com 39 anos. 

A apreensão aconteceu em 2018, depois de autorização judicial concedida à 2ª DP de Ponta Porã.

A equipe da perícia do Núcleo Especializado de Balística Forense, que fica em Campo Grande, dentro do Instituto de Criminalística Hercílio Macellaro (ICHM), realizou exames de balística para confrontar se o revólver apreendido teria sido o mesmo utilizado para disparar os projéteis que mataram Paulo Aguirre no dia 25 de outubro de 2016, perto de uma ponte, em uma estrada vicinal no município de Ponta Porã. 

Após exames, confirmou-se que se tratava da arma que fora usada no crime, mais de dois anos atrás. 

O laudo foi emitido para a Polícia Civil, que, a partir disso, conseguiu provas mais consistentes para elucidar o homicídio.

Quando houve a morte, peritos criminais lotados na Unidade Regional de Perícia e Identificação (URPI) de Ponta Porã fizeram perícia no local para recolher vestígios que ajudassem na investigação. A vítima também foi submetida à necropsia. Os projéteis que mataram o trabalhador rural foram encontrados e utilizados pelos peritos do Núcleo Especializado de Balística Forense da capital para o confronto de balística.

Conforme noticiado pelo site Porã News e reproduzido no site da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o investigado pelo assassinato Lino Almada era conhecido da vítima e chegou a ser ouvido pela PC no início do inquérito policial, em 2016. Outra pessoa próxima do trabalhador rural morto também prestou depoimento na época.

Lino Almada chegou a ser preso durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão neste ano pelo fato de estar com uma arma em casa. Conforme a Polícia Civil, a prisão foi em flagrante por crime de posse de arma.

Com o laudo pericial de confronto de balística apontando que o armamento localizado na casa do investigado tinha sido utilizado no homicídio, a Polícia Civil indiciou o suspeito pelo crime de homicídio qualificado. O inquérito policial foi concluído e encaminhado para o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul para que seja oferecida a denúncia à Justiça.

No Estado, em 2016, foram registrados 562 homicídios dolosos, entre eles estava o de Paulo Aguirre Benites. Com o trabalho da Perícia Oficial de Mato Grosso do Sul, foi possível encontrar provas para elucidar essa morte e dar um passo para avançar no combate à violência e buscar a justiça. Os peritos criminais atuam em todos os casos de assassinatos utilizando-se de métodos científicos para identificar provas que permitem a prisão e julgamento dos autores.

A Coordenadoria Geral de Perícias de Mato Grosso do Sul, além do núcleo de balística  localizado na capital, a CGP disponibiliza na URPI de Dourados um setor que realiza o exame de confronto para jurisdição de Dourados.

Foto: Divulgação - Porã News (www.poranews.com)

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